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27-09-2004

Inventário de Arte Pública


Aveiro

No Lago da Fonte Nova, em Aveiro, emerge uma mulher nua em bronze, cujo corpo regressou à contemplação pública, depois do recato a que foi condenado durante décadas, por um movimento "moralista". Identificar o artista que esculpiu a provocante nudez e caracterizar o movimento que obrigou na década de 70 os poderes públicos a desterrarem a estátua para um esconderijo do Jardim Infante D. Pedro é uma das tarefas em que está empenhada a equipa da divisão de Cultura da Câmara de Aveiro, no âmbito de um inventário da arte pública. Trata-se da participação num projecto da Delegação Regional do Centro do Ministério da Cultura, com o objectivo de vir a disponibilizar na Internet um museu virtual de Arte Pública, que em Aveiro está a incidir sobre a estatuária e sobre a azulejaria. Entre as estátuas que valorizam os espaços públicos do concelho, a da mulher do Lago é das mais curiosas, obrigando a aturado trabalho de pesquisa nos arquivos municipais. Conhecida localmente pela "Maria da fonte", não porque tenha algo a ver com a personagem histórica, mas porque esteve durante anos na fonte da Praça Marquês de Pombal, o arrojo de a colocar como Deus, ou melhor, o artista, a pôs ao Mundo, assim à vista de toda a gente, em pleno Estado Novo, deu origem a um "movimento popular" que a considerava um atentado aos bons costumes. Indaga-se agora quem foi o seu criador e os pormenores que envolveram a deliberação de esconder a mulher, entre os arbustos de um recanto natural. De acordo com Ana Gomes, da Divisão de Cultura da Câmara, outros conjuntos escultóricos como o do monumento ao Bombeiro já estão identificados, no caso com o recurso aos jornais locais da época, mas há ainda várias peças com autoria ou idade por desvendar, o que implica um moroso processo de pesquisa bibliográfica e de recolha de depoimentos orais, que está a ser feito por duas técnicas. Do trabalho já realizado, e que deverá ser inserido na próxima apresentação pública do site, nota-se uma corrente marcante do regime de Salazar, numa altura que coincidiu com as festas do Milenário de Aveiro. Foi um período de exaltação das grandes figuras da História nacional, que se viveu um pouco por todo o país e que em Aveiro deixou monumentos como a estátua ao navegador João Afonso d+Aveiro e ao Soldado Desconhecido. Outra curiosidade do levantamento em curso é a constatação de que a generalidade da estatuária aveirense provém de oficinas de Gaia, enquanto no que respeita à azulejaria, que nos anos oitenta esteve em voga para cobrir espaços e obras públicas, o fabrico é de Aveiro, de Ovar, ou das Devesas. Além do centro citadino, Ana Gomes destaca a participação entusiástica das juntas de freguesia, que têm estado a fazer chegar à equipa do projecto referências importantes sobre escultura, estatuária e painéis artísticos, que vai ser caracterizada e divulgada.

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